terça-feira, 29 de dezembro de 2015

OMS declara fim da transmissão de ebola na Guiné

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta terça-feira (29) o fim da epidemia de ebola na Guiné, ao completar 42 dias desde que a última pessoa infectada teve resultado negativo em dois testes consecutivos que buscam a presença do vírus no sangue. Guiné é onde há quase dois anos foi registrado o primeiro caso de ebola, o que deu início a uma epidemia que se propagou à Libéria e à Serra Leoa. Nesses locais, houve mais de 28 mil casos e de 13 mil mortes. Em nota, a OMS parabenizou o governo da Guiné e a população por terem encerrado o surto da doença. “Temos de prestar homenagem ao governo e ao povo da Guiné que, na adversidade, mostraram extraordinária liderança no combate à epidemia”, afirma Mohamed Belhocine, representante da OMS na Guiné. “A OMS e seus parceiros continuarão a apoiar o país durante os próximos 90 dias de vigilância reforçada e nos primeiros esforços para fortalecer os serviços de saúde em 2016.” De acordo com a OMS, os três países mais afetados pela epidemia – Guiné, Libéria e Serra Leoa – vão reforçar os serviços de saúde, especialmente para mães e crianças. Também precisarão manter os processos de detecção, prevenção e tratamento em qualquer caso de recaída e retorno do vírus.

Venezuela: oposição denunciará Maduro por abuso de poder

Um grupo de deputados da oposição irá denunciar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, por ‘abuso de poder’ ao manter a fronteira com a Colômbia fechada apesar de o decreto de exceção nessa região ter expirado na meia-noite de 18 de dezembro, conforme asseguram os legisladores, informou nesta segunda-feira (28) o deputado Walter Márquez. Márquez denunciará Nicolás Maduro “pois o decreto que prorrogava por 60 dias o estado de exceção nos municípios fronteiriços expirou em 18 de dezembro e, por ter expirado, não há faculdades legais e constitucionais para manter a fronteira fechada”, explicou o legislador em comunicado. A denúncia, que estava inicialmente prevista para esta segunda-feira, foi adiada para a terça-feira na sede da Procuradoria do estado de Táchira, no oeste do país e fronteiriço com a Colômbia, confirmou à Agência Efe o deputado opositor. Maduro ordenou o fechamento da principal passagem para a Colômbia, em Táchira, com o argumento de que a medida serviria para combater o contrabando e a violência paramilitar na fronteira. Posteriormente, o presidente venezuelano estendeu o fechamento das passagens fronteiriças nos estados de Zulia, Apure e Amazonas e afirmou que as mesmas permaneceriam assim até que os dois países acordassem uma nova política fronteiriça que acabe com os crimes nos 2.219 quilômetros da divisa entre as duas nações. Desde então, as autoridades venezuelanas detiveram pelo menos 36 supostos paramilitares colombianos. Apenas em Táchira, foi informado que 250 pessoas foram aprisionadas, entre elas 66 militares e 28 policiais. O primeiro dos decretos venceu em 19 de outubro, mas as autoridades o estenderam com uma prorrogação de mais 60 dias que deveria ter sido concluída na meia-noite de 18 de dezembro, segundo os cálculos da oposição.

Brasil importará energia elétrica do Uruguai até 2018

O Brasil importará energia elétrica de geradoras do Uruguai situadas próximas da fronteira com o Brasil, segundo portaria do Ministério de Minas e Energia brasileiro publicada nesta terça-feira (29) no Diário Oficial da União. As disposições da portaria já estão em vigor e terão vigência até 31 de dezembro de 2018. A publicação reconhece a “necessidade de importação de energia elétrica” do país vizinho, “de forma excepcional e temporária”, por meio das Conversoras de Frequência de Rivera, de 70 megawatts, na fronteira dos municípios de Rivera (Uruguai) e Santana do Livramento, e pela futura Conversora de Melo (500 MW) no município uruguaio de Melo, próximo de Jaguarão, no Rio Grande do Sul. Segundo a portaria, a importação será realizada por meio de ofertas semanais de energia elétrica, tendo como destino o mercado de curto prazo do Sistema Interligado Nacional. Caberá à Eletrobras ser o agente responsável pela importação de energia elétrica perante a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).