sábado, 29 de agosto de 2015

Após fama em protestos, lideranças anti-Dilma anunciam candidaturas para 2016

A visiblidade que lideranças de movimentos sociais têm ganhado nos grandes protestos dos últimos meses contra a presidente Dilma Rousseff deve gerar uma série de rostos novos nas telas das urnas de votação nas próximas eleições. Responsável pela convocação dos últimos três protestos pelo impeachment no País, o Movimento Brasil Livre (MBL) possui até lista com nomes dispostos a concorrer a cargos legislativos municipais, estaduais e federais a partir de 2016. Bandeira com pedido pela saída de Dilma da presidente é erguido na Avenida Paulista, no dia 16 Facebook/Reprodução Bandeira com pedido pela saída de Dilma da presidente é erguido na Avenida Paulista, no dia 16 "A diretriz do MBL é justamente a de que diversas lideranças, que acabaram por se tornar nomes conhecidos em suas cidades, especialmente no interior, disputem cargos já nas próximas eleições. E faremos campanha para essas pessoas", afirma ao iG Kim Kataguiri, co-fundador do movimento. "Também não descarto me candidatar no futuro. Muita gente tem me pedido, inclusive, para sair como vereador já no ano que vem. Só não tenho tempo para me dedicar a isso neste momento." Quando a carreira não vem de família, historicamente políticos costumam se iniciar na área a partir de movimentos sociais. Os casos são inúmeros. Nomes fortes do PSDB como José Serra tiveram sua origem neles. Hoje preso por corrupção na Petrobras, o co-fundador do PT e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu também – assim como Dilma. Ambos os partidos também nasceram da união de grupos opositores formados durante a ditadura militar. Os anti-Dilma Ao lado do Vem Pra Rua e do Revoltados Online, o MBL se tornou o protagonista dos atos defensores do impeachent da presidente no início do ano, quando convocou o primeiro grande ato contra Dilma realizado em várias cidades do Brasil, em março. De lá para cá, o número segue se mantendo um recorde entre os protestos de rua anti-PT. Em março, somente na Avenida Paulista, tradicional ponto de manifestações de São Paulo, 210 mil pessoas compareceram, de acordo com cálculos do Datafolha. Apesar de bastante inferiores, os números dos protestos posteriores, em abril e agosto, também foram significativos. Formado por jovens com idade média entre 20 e 30 anos, o MBL abraça uma bandeira de política econômica liberal com discursos radicais em prol do livre mercado, pela ampla privatização das empresas estatais – como a Petrobras – e de forte ataque a seus opositores. Em seus protestos, já chamaram petistas e parlamentares esquerdistas, como Jean Willys (PSOL-RJ), para a briga.

Nenhum comentário:

Postar um comentário