segunda-feira, 31 de agosto de 2015
Graças a Deus estamos vivos", dizem cristãos, após caminharem por mais de 10 horas em fuga do Estado Islâmico
Cristãos fogem de cidade no Iraque, após terem seu território invadido por terroristas do Estado Islâmico. Cristãos fogem de cidade no Iraque, após terem seu território invadido por terroristas do Estado Islâmico.
Um arcebispo iraquiano revelou que se questiona "todos os dias" diante do sofrimento extremo de cristãos perseguidos na região.
"Eu não entendo o que está acontecendo quando eu olho para o que tem acontecido na região", disse o arcebispo Bashar Warda de Erbil ao 'Criterion', jornal da Arquidiocese de Indianapolis.
Warda disse que mais de 100 mil cristãos e outras minorias têm procurado refúgio em Erbil, desde o ano passado, fugindo do grupo terrorista Estado Islâmico.
"Daesh é mau", disse o arcebispo, usando o nome árabe do grupo terrorista. "A maneira como eles executam, estupram, a forma como eles tratam os outros é brutal. Eles têm uma teologia de execução / assassinato de pessoas".
Diante da situação nefasta, Warda afirmou que tem orado muito e tem deixado suas preocupações nas mãos de Deus.
"Antes de ir dormir, eu costumo entregar todas as minhas crises, desejos, pensamentos e tristezas a Ele, para que eu possa pelo menos ter algum descanso", o arcebispo acrescentou. "No dia seguinte, eu costumo acordar com Sua providência de forma que eu nunca sonharia em ter".
Warda acrescentou que a fé destemida dos cristãos perseguidos que chegam a ele fortalece sua própria fé.
"As pessoas chegam e contam suas histórias de perseguição e como eles foram realmente aterrorizados, tendo que andar de oito a 10 horas durante a noite", continuou o arcebispo iraquiano. "No final, eles eles revelaram que podem dizer: 'Graças a Deus estamos vivos. Nushkur Allah. Agradecemos a Deus por tudo'. Isso é um reforço para a nossa fé, de alguma forma".
Dezenas de milhares de cristãos iraquianos fugiram para países vizinhos, como Hordan, onde eles estão presos em um estado de total isolamento, com recursos escassos para viver.
A 'Associated Press' informou no início de agosto de 2015 que pelo menos 7.000 cristãos do norte do Iraque fugiram para a Jordânia, mas não receberam permissão para trabalhar, e não foram reassentados.
"Nós perdemos a esperança em tudo", disse uma Hinda Ablahat, 67 anos, que vive com outros refugiados em um abrigo da igreja em Amã, capital da Jordânia. "Nós estivemos sentados aqui por um ano e nada aconteceu".
Califado
A perseguição religiosa e étnica promovida pelo Estado Islâmico tem se perpetuado, causando a morte de cristãos e minorias étnicas, além de traumatizar mulheres e crianças com a escravidão sexual.
Na busca de instalar um Califado - governo unificado - em tantos países quantos forem possíveis. Sua opressão religiosa se dá também quando o grupo terrorista obriga aos moradores das vilas e cidades invadidas a negarem sua própria fé e adotarem o islamismo como sua nova religião.
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