A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir a entrada de imigrantes e estrangeiros de sete países de maioria muçulmana gerou protestos na noite deste sábado (28).
Em sua página no Twitter, os taxistas de Nova York anunciaram uma paralisação dos trabalhos no Aeroporto Internacional John F. Kennedy das 18h às 19h (das 20h às 21h, horário de Brasília). "Os motoristas prestam solidariedade aos millhares em protesto contra medida desumana e inconstitucional", escreveram na rede social.
No Aeroporto Internacional de Washington Dulles, centenas levaram faixas em oposição à nova política de Trump no início da noite. O veto irá estender também a entrada de imigrantes que tenham autorização de residência no país, os chamados "green cards".
Nos aeroportos de New Jersey, Dallas e Chicago, grupos também protestaram contra a medida. Mais cedo, também nos terminais aéreos de Nova York, manifestantes se reuniram na parte de fora após dois iraquianos, que tinham visto para entrar no país, serem detidos.
A restrição, válida por 90 dias, atinge pessoas que tenham nascido no Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, a Líbia e Somália. Além disso, o plano seria suspender o programa americano de refugiados por 120 dias. Em retaliação, o Irã anunciou que vai aplicar a reciprocidade e proibirá a entrada de americanos durante esse período.
De acordo com o jornal "The New York Times", já neste sábado, foram barrados um cientista iraniano que iria a um laboratório de Boston, um iraquiano que trabalha como intérprete há uma década e uma família de refugiados que iria recomeçar a vida em Ohio, entre inúmeros outros casos.
Sábado de medidas
Além da decisão de vetar a entrada de imigrantes, Trump conversou com líderes e apresentou um plano para derrotar com o Estado Islâmico (EI).
O presidente dos EUA conversou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre ações coordenadas entre os dois países contra o grupo terrorista na Síria. Eles também discutiram o programa nuclear iraniano, segundo a Reuters.
Nesta sexta-feira (27), Trump manifestou seu desejo de trabalhar com Moscou, mas reconheceu que ainda é “muito cedo” para discutir a remoção das sanções que o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, impôs ao país, segundo a CNN.
Ele também conversou com outros líderes neste sábado, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o premiê japonês, Shinzo Abe, e o presidente da França, François Hollande.
Após as conversas, ele assinou algumas medidas. Uma ordem executiva com instruções pede que o Pentágono apresente em até 30 dias uma estratégia para derrotar o EI. Na sexta-feira (27), Trump já havia se reuniudo com os comandos militares para tratar a forma de acelerar o combate ao grupo terrorista.
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