domingo, 6 de setembro de 2015
Brasil recebeu mais de 2 mil sírios desde 2011
Dados do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), órgão ligado ao Ministério da Justiça, afirmam que há mais sírios que receberam asilo no Brasil do que em outros países.
Desde 2011 o governo brasileiro já recebeu 2.077 sírios que fogem do clima de guerra e terror. O número é maior do que dos Estados Unidos, onde 1.243 sírios receberam asilo. Outros países que também abrigaram esses refugiados foram: Grécia (1.275), Espanha (1.335), Itália (1.005) e Portugal (15).
Fugindo da violência, pessoas de todos os perfis socioeconômicos buscam as embaixadas no Brasil no Oriente Médio pedindo asilo. “Há desde camponeses a engenheiros e advogados, muitos deles com pós-graduação”, disse um diplomata brasileiro que não quis se identificar.
“Antigamente, emitíamos 20 vistos por mês. Hoje são 20 por semana. Mas já emitimos mais”, afirmou ele à BBC Brasil.
“O Brasil tem mantido uma política de portas abertas para os refugiados sírios. O número ainda é baixo, em muito devido à localização geográfica. Mas sem dúvida se trata de um exemplo a ser seguido a nível mundial”, disse Andrés Ramirez, representante da Acnur (Agência da ONU para Refugiados).
Na América o Brasil só perde para o Canadá que recebeu 2.374 sírios entre janeiro de 2014 e janeiro deste ano. Já na América do Sul somos o país que mais recebe esses refugiados, o Chile recebeu 1.220 pessoas, a Argentina recebeu 233 sírio s e o Uruguai, 117.
Mas se comparado a outros países, estamos longe de sermos o país que mais abriga sírios: a Alemanha recebeu 65.075, a Suécia 39.325, a Bélgica 5.430, a França 4.975, o Reino Unido 4.035 e a Noruega 2.995.
A Anistia Internacional e a Comissão Europeia alertam para a maior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial. Desde janeiro deste ano, mais de 350 mil imigrantes tentam deixar o Oriente Médio através do Mar Mediterrâneo para fugir da violência do Estado Islâmico. Mais de 2.643 pessoas morreram enquanto tentavam atravessar o mar para chegar na Europa.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário