segunda-feira, 7 de setembro de 2015
Dilma isolada e novo protesto marcam 7 de Setembro em Brasília
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O forte esquema de segurança livrou a presidente Dilma Rousseff de encarar os manifestantes durante o desfile oficial de 7 de Setembro nesta segunda-feira. Mas a Esplanada dos Ministérios se tornou palco de protestos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores assim que as comemorações oficiais foram encerradas. Na sequência, o ato seguiu para o Congresso Nacional, onde terminou por volta das 14 horas. Ao fim do desfile, manifestantes chegaram a quebrar boa parte das grades e do muro que cercavam as comemorações oficiais no Dia da Independência. Com o Palácio do Planalto diretamente arrastado para o centro da Operação Lava Jato, Dilma assistiu ao desfile calada - e se pronunciou apenas por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais.
Caminhões de som acompanharam o protesto ao longo do trajeto entre a Esplanada e o Congresso. A Polícia Militar estima que 500 pessoas tenham aderido à manifestação. Grande estrela dos protestos de 16 de agosto, o boneco inflável Pixuleko, que representa o ex-presidente Lula com roupas de presidiário, também esteve em Brasília. E desta vez ganhou companhia: uma boneca com as feições da presidente Dilma e um grande nariz de Pinóquio. Os mascotes de 12 metros de altura, providenciados pelos movimentos que pedem a saída da presidente, foram montados no início da manhã na região da Rodoviária de Brasília, a pouco mais de 1 quilômetro do Congresso Nacional.
Protestos - A representação do ex-presidente Lula como presidiário, batizada pelos idealizadores do protesto como Pixuleko, deve seguir agora para capitais do Nordeste, onde também haverá atos contra os sucessivos escândalos de corrupção. O boneco da presidente Dilma ainda não recebeu um nome oficial, mas era chamado pelos organizadores por variações como Dilmaluca, Pixuleca, Rivotrilma, Dilmandioca e Pinóquia. A exemplo da versão inflada do padrinho político, o boneco da petista também deve viajar pelo Brasil. Os fortes ventos na região da Esplanada dos Ministérios prejudicaram a exposição dos dois mascotes. Ambos rasgaram e tiveram de ser sucessivamente remendados ao longo do protesto. "É uma cirurgia de emergência. Só estamos salvando os dois bonecos para ver Lula e Dilma presos", disse Fátima Della, do Movimento Brasil (MBR). Pequenos bonecos de cerca de 50 cm também representando o ex-presidente Lula como presidiário foram vendidos pelos organizadores ao custo de 10 reais cada.
A exemplo dos demais protestos em Brasília, uma longa faixa com os dizeres "Impeachment Já" foi carregada pelos manifestantes por um trajeto de cerca de 2 quilômetros. Panelaço e palavras de apoio ao juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, e de críticas ao ex-ministro José Dirceu, preso pelo escândalo do petrolão marcaram a manifestação antigoverno em Brasília. Houve ainda críticas à possibilidade de o Supremo Tribunal Federal (STF) descriminalizar o porte de drogas para consumo pessoal e coleta de assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular conhecidos como "Dez Medidas Contra a Corrupção".
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