terça-feira, 8 de setembro de 2015

Quase 800 milhões não têm acesso à água

Quase 800 milhões de pessoas não têm acesso a água no mundo e uma das principais saídas para a crise hídrica é estimular a população a economizar. Esse é o tema da terceira reportagem na série "Água - Planeta em Crise". Com um açude bem no centro da cidade, Campina Grande, na Paraíba, dá a impressão de que tem água sobrando, mas não. O açude está poluído por esgoto. Resta para a cidade o reservatório Boqueirão, a 45 km do centro, que está com menos de 18% da capacidade. Resultado: os 400 mil habitantes de Campina Grande estão submetidos a um rodízio de água rigoroso. O fornecimento é interrompido às 5 da tarde de sábado e só volta às 5 da manhã de terça-feira. As caixas d'água de um conjunto habitacional na cidade são pequenas: 500 litros. As pessoas não conseguem armazenar a quantidade de água que precisam. Todos reclamam. "Enchi cinco baldes para trabalhar hoje. Eu só tenho esse aí agora. Depois que terminar esse dou uma parada para não gastar mais agua", conta o pedreiro Ermano Nascimento Alvez. Não era para ser assim. "Hoje nós estamos pagando uma conta dessa crise por falta de planejamento, essa é uma tragédia anunciada, para quem é do setor sabe que nós não fomos dormir com água e acordamos sem água", diz Newton Azevedo, do Conselho Mundial de Água. No caso do Boqueirão isso fica claro. Ele está perdendo volume de água desde 2011. São quatro anos de aviso.

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