Principalmente por falta de dinheiro. Igrejas com orçamentos mais humildes tendiam a construir menos torres – que serviam para abrigar sinos, os quais marcavam as horas e sinalizavam acontecimentos importantes, como nascimentos. Existe a lenda de que muitas igrejas do estilo barroco tinham duas torres rabiscadas no projeto arquitetônico original, mas foram construídas com apenas uma delas por um “jeitinho brasileiro”.
Acontece que, na época, o governo português cobrava altos impostos após a conclusão de uma obra – e, para escapar dos tributos lusitanos, o pessoal propositadamente não construía a segunda torre, deixando a obra inacabada.
Segundo Gabriel Frade, professor de teologia no Mosteiro de São Bento de São Paulo, essa versão da história, amplamente divulgada na internet, é pura lenda. Ele explica que não eram construídas duas torres, pois, em muitos casos, simplesmente não sobrava dinheiro. Por exemplo, há igrejas que só receberam sua primeira torre séculos depois da inauguração, quando os fiéis finalmente tiveram grana para construí-la.
TdF Sugeriu – Pedro Bartolome
FONTES Eduardo Faust, arquiteto pós-graduado em espaço celebrativo litúrgico e arte sacra, sócio-fundador do escritório Faust Arquitetura, e Gabriel Frade, autor de Arquitetura Sagrada no Brasil e Antigos Aldeamentos Jesuíticos e professor de teologia no Mosteiro de São Bento de São Paulo
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