Alguns analistas militares acreditam que a guerra declarada pelos terroristas do Estado Islâmico, em especial os seus ataques no Egito, é uma reprodução do confronto entre Israel e os amalequitas descrito na Bíblia, em Êxodo 17.
“Em Êxodo lemos sobre a grande batalha entre Amaleque, um inimigo do povo judeu, e os israelitas, que ocorreu em um local chamado Refidim, no deserto egípcio”, afirma o Breaking Israel News. O local fica próximo ao monte Sinai, onde atualmente há posições dos terroristas.
“Milhares de anos mais tarde, uma nova batalha contra os inimigos de Israel está prestes a ocorrer no mesmo lugar: a base aérea egípcia, em Bir Gafgafa, localizada exatamente no mesmo local bíblico de Refidim, na Península do Sinai”, diz o texto, baseado nas informações de Giora Shamis, editor do site israelense de inteligência militar Debka Files.
Ele destaca ainda que, neste assunto, o Egito atua como um aliado de Israel na batalha contra o Estado Islâmico.
Os cristãos coptas sofreram muito após uma série de ataques violentos realizados pelo Estado Islâmico, que vem atuando no Egito nos últimos tempos. Ocorreram dois atentados uma semana antes da Páscoa nas cidades de Alexandria e Tanta, que deixaram cerca de 50 cristãos mortos.
O analista militar lembra que a Bíblia serve como um registro confiável sobre a guerra que o Estado Islâmico está provocando nos dias de hoje.
“Não sou uma pessoa religiosa, mas a correlação entre o Estado Islâmico e os amalequitas é clara e deveria ser levada em conta quando olhamos para os acontecimentos modernos”, disse Shamis.
“O que aconteceu milhares de anos atrás está simplesmente se repetindo os dias de hoje, como uma continuação do que historicamente já aconteceu naquele lugar”, aponta.
Shai Ben Tekoa, um conhecido apresentador de TV em Israel também acredita que o Estado Islâmico é uma “encarnação” dos amalequitas, que na Bíblia são mostrados como inimigos do povo judeu.
“Como Amaleque, eles dão demonstrações gratuitas de crueldade”, avalia Ben Tekoa, referindo-se às práticas dos extremistas como decapitações, estupros em massa, escravidão e tortura realizados contra cristãos e outras minorias religiosas do Oriente Médio.
“A Bíblia é verdadeira e seu aspecto atemporal é a melhor fonte de conhecimento para entendermos o mundo de hoje”, acrescentou.
Alguns líderes conhecidos, como o pastor norte-americano Greg Laurie também destacam que o Estado Islâmico é parte da profecia bíblica. Ele já havia dito em 2014 – numa mensagem que enfocava o papel do Estado Islâmico nas profecias bíblicas – que os Evangelhos mostram como, nos últimos dias, os conflitos mundiais iriam se multiplicar.
“Há uma cadeia de eventos que vão começar a ocorrer em rápida sucessão. Inicia com o surgimento do anticristo e termina com a batalha do Armagedom e o retorno de Jesus Cristo”, disse Laurie, colocando o Estado Islâmico e outros grupos terroristas como parte dessa cadeia de eventos.
Já o doutor Charles Dyer e o pastor Mark Tobey, autores do livro “A Crise do Estado Islâmico”, argumentam que, embora o grupo terrorista não seja mencionado diretamente na profecia bíblica, faz parte de outros fatores que preparam o caminho para o final dos tempos.
“O Estado Islâmico pode até deixar de existir, mas posteriormente uma coalizão similar, só que muito mais poderosa e mortal irá tomar seu lugar. O profeta Ezequiel descreve uma época em que essa coalizão atacaria Israel. Um outro exército vai surgir para dominar todo o Oriente Médio”, dizem eles em seu livro. “Eles não estarão erguendo as bandeiras negras do Estado Islâmico, mas sua intenção também igualmente cruel e destrutiva”. Com informações Christian Post
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