sábado, 17 de junho de 2017

Com a ajuda de Deus vamos libertar Cuba, diz Donald Trump

Donald Trump. (Foto: EPA/Agência Lusa/Cristobal Herrera)
Donald Trump. (Foto: EPA/Agência Lusa/Cristobal Herrera)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump está eliminando a política do ex-presidente Barack Obama sobre Cuba e a classificou como "unilateral". Trump disse que a política atual será completamente apagada e substituída por uma que seja justa para os povos de Cuba e dos Estados Unidos.
"No ano passado, prometi ser uma voz contra a opressão e a favor da liberdade do povo cubano", disse o presidente durante um discurso, na última sexta-feira (16), em Miami (EUA).
Ele falou em uma sala cheia de apoiadores de seu governo, que se animaram, quando sua decisão foi anunciada. O presidente informou que ele estava assinando a nova ordem executiva naquela sexta-feira.
Os regulamentos sobre o turismo em Cuba se tornaram mais flexíveis durante o governo Obama, permitindo que isto gerasse a entrada de dólares no país, mesmo com a permanência da repressão política e a intolerância religiosa.
"A intenção (com estas viagens) é não apenas fazer atividades turísticas, mas conhecer pessoas cubanas, trocar, falar sobre a vida nos Estados Unidos, aprender sobre a vida em Cuba", informou Tom Popper, presidente da insightCuba, ao Washington Post, no ano passado, quando os regulamentos se flexibilizaram sob o governo Oabama.
Este tipo de viagem deve ser revogada sob as novas regras.
Qualquer nova política anunciada pela Trump entrará em vigor na sexta-feira, mas nada será implementado até que novos regulamentos estejam em vigor. Consequentemente, qualquer americano com planos de viajar para Cuba no futuro próximo ainda pode fazê-lo.
O foco principal da nova política de Trump se concentrará no deslocamento de dinheiro para os militares cubanos e os serviços de segurança que "contribuem para a opressão na ilha", disse um oficial da Casa Branca.
"Estou cancelando as últimas políticas de acordo unilateral [governo Obama] com Cuba", declarou o presidente Trump.
Espera-se que as relações diplomáticas sejam mantidas e as companhias aéreas dos EUA e os navios de cruzeiro continuem a atender a ilha.
Autoridades da Casa Branca dizem que a diminuição das restrições no governo Obama enriqueceram as forças armadas cubanas, aumentando assim a repressão sobre a população local.
"O objetivo dessas políticas é muito simples", disse o senador Marco Rubio, da Flórida, Em uma mensagem postada no Facebook. "Queremos fortalecer o povo cubano, sem fortalecer o exército cubano, que retém o controle sobre uma porcentagem significativa de sua economia".
A Casa Branca diz que está disposta a negociar termos mais favoráveis ​​com Cuba, mas apenas se o regime de Castro permitir eleições livres e justas e libertar prisioneiros políticos - o que inclui muitos cristãos perseguidos.
"Com a ajuda de Deus, uma Cuba livre é o que conseguiremos em breve", disse o presidente Trump.
Para o senador Lindsey Graham, da Carolina do Sul, a atitude de Trump é positiva e pode contribuir para o desenvolvimento de uma democracia em Cuba.
"Estou muito satisfeito em ver que o presidente Trump está revisando as políticas do governo Obama em relação a Cuba", disse o senador. "Este será um dia histórico para os defensores cubanos pró-democracia e pró-direitos humanos, enquanto vai ser marcado como um dia ruim para o regime de Castro".

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