Foto: Carlos Severo / Fotos Públicas
Os ministros da Saúde dos países que compõem o Mercosul anunciaram novas pactuações para a compra conjunta de medicamentos de alto custo. A medida vai permitir a redução de preços desses produtos em até 80%, na tentativa de garantir uma maior oferta de tratamentos à população dos países que integram o bloco econômico. O ministro brasileiro, Ricardo Barros, reforçou a importância de ações como essa para buscar novas rodadas de negociação com a indústria farmacêutica. "Há uma preocupação em sustentar o complexo industrial farmacêutico de cada país, mas em negociações conjuntas de produtos patenteados nós podemos conseguir redução muito significativa de preços, como temos conseguido no Brasil, e o volume de compras no Brasil acrescido das compras do Mercosul podem nos dar um desconto muito significativo que pode chegar a 80% de desconto", pontuou. Em 2015, o governo brasileiro realizou a compra do medicamento Darunavir, para tratamento de HIV, junto a Venezuela, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai, Peru e Suriname. A economia foi de 83%. Outros medicamentos estão na lista para uma próxima compra conjunta entre os países, como o Eculizumabe, que é um dos medicamentos mais caros e mais demandados, via judicial, no Sistema Único de Saúde (SUS), o Trastuzumabe, Rituximabe e toda a linha dos Mabes, indicadas para o tratamento de artrite reumatoide e câncer. A expectativa do ministério é que, com essa nova compra, a assistência farmacêutica para os pacientes que sofrem com essas doenças, possa ser ampliada.
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