O Ibama informou nesta segunda-feira (30) que apreendeu 7.387 toras de madeira, o equivalente a cerca de 15 mil metros cúbicos, extraídas ilegalmente da Terra Indígena Pirititi, na região Sul de Roraima. É a maior apreensão registrada no estado, segundo a instituição.
A quantidade de madeira apreendia, de acordo com o Ibama, é suficiente para carregar mil caminhões e foi feita na última semana. A região da apreensão fica em Rorainópolis, município onde há grande concentração de empresas do ramo madeireiro.
A região da TI Pirititi também apresenta indícios da presença de povos indígenas isolados, de acordo com Ibama.
Os agentes ambientais chegaram ao local após monitoramento de rotina realizado a partir de imagens de satélite onde foi verificado indícios de desmatamento ilegal na região. A exploração ilegal de madeira foi constatada durante um sobrevoo na região.
As estradas de acesso à localidade Pirititi foram bloqueadas por infratores para impedir a aproximação da fiscalização por terra e os agentes tiveram de percorrer 18 quilômetros a pé para chegar ao local do desmatamento, informou o Ibama.
Entre a madeira apreendida foram identificadas espécies como maçaranduba, cupiúba, angelim ferro e angelim pedra. O desmatamento atingiu uma área de 1.372 hectares, conforme o Ibama.
“A área desmatada é de extrema sensibilidade ecológica, pois abriga diversas espécies de fauna e flora ainda desconhecidas”, disse chefe da divisão técnico-ambiental do Ibama em Roraima, Diego Bueno.
Segundo o coordenador-geral de Fiscalização do Ibama, Renê Oliveira, a nova frente de exploração ilegal de madeira identificada no sul de Roraima foi interrompida a tempo de impedir o avanço e a consolidação do desmatamento.
“No primeiro momento, o infrator realiza o corte seletivo. Com isso, ele se capitaliza para a realização do corte raso mais adiante. Ao final, quando o terreno já está completamente desmatado, a área é transformada em pasto”, explicou Oliveira.
A equipe de fiscalização investiga os responsáveis pelo roubo de madeira na Terra Indígena Pirititi. As informações reunidas serão encaminhadas ao Ministério Público Federal (MPF) e à Polícia Federal para apuração no âmbito criminal. // G1
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