domingo, 14 de janeiro de 2018

Em jogaço com emoção até o fim, Liverpool encerra invencibilidade do City

© GETTY / SHAUN BOTTERILL
A invencibilidade do Manchester City chegou ao fim em um confronto épico em Anfield. O Liverpool precisou de uma atuação quase impecável para derrubar o líder, no sufoco, por 4 a 3, com emoção até a última jogada.
O City ainda não havia perdido na Premier League e conheceu a derrota na 23ª rodada, ainda com folga na liderança, com 62 pontos. O Liverpool igualou-se em pontos com o Manchester United e Chelsea, com 47 pontos, apenas com os Citizens na frente.

Para cumprir com as expectativas

O encontro entre os times de Jürgen Klopp e Pep Guardiola era o momento mais aguardado do fim de semana de futebol, e os times trataram de corresponder em campo. Principalmente o Liverpool, que não tem a constância do City na Premier League, mas elevou o ritmo da partida, com disposição de final de campeonato.
Com uma partida praticamente perfeita, o Liverpool equilibrou as ações com o líder e invicto City, até na posse de bola, muito mais dividida que o habitual nos jogos dos Citizens. Os Reds ainda abriram o placar em lance individual de Oxlade-Chamberlain, com nove minutos, em chute cruzado, no canto, que acabou por surpreender Ederson.
Ainda assim, o Liverpool não conseguiu ir ao intervalo em vantagem. Parte por culpa de Gomez e Kairus, que poderiam ter feito melhor papel na jogada do gol, mas acima de tudo responsabilidade do talento de Leroy Sané. Aos 40 minutos, aproveitando a afobação do lateral, Sané dominou no peito já rumo à área, cortou outro defensor e bateu entre o goleiro e a trave, com muita força, para estufar a rede.

Um segundo tempo mágico de futebol

O City voltou mais determinado para o segundo tempo e encurralou o adversário no campo de defesa. O Liverpool mal teve tempo para respirar, mas suportou bem a pressão inicial e logo reequilibrou a partida, e com mais objetividade.
Ederson passou a trabalhar e muito. Com 11 minutos, o goleiro teve de fazer duas defesas difíceis em sequência, em chutes de Salah e Chamberlain, e ainda viu o atacante egípcio mandar bola perigosa por cobertura, tocando o travessão.
O Liverpool cresceu, e fez o imbatível City tremer, conhecendo o desespero da falta de controle pela primeira vez na temporada. Com 14 minutos, Firmino ganhou no corpo de John Stones e, na saída de Ederson, tocou com extrema categoria, por cobertura, para marcar um golaço: a bola ainda tocou na trave antes de entrar.
Mané acertou a trave na sequência, com o City nas cordas, e levou o líder ao nocaute com 16 minutos. Depois de pressão na saída de bola, Chamberlain ficou com a pelota e rolou para Salah, que deixou Mané livre na entrada da área, pronto para encher o pé, no ângulo.
O Liverpool continuou distribuindo golpes de forma implacável. Com 23 minutos, Ederson saiu da área para impedir a chegada em velocidade de Mané, mas a bola acabou com Salah, quase no meio-campo. Em fase espetacular, o atacante não teve dúvida: mandou por cobertura para mais um golaço do dia.
Nos minutos finais, o City retornou ao jogo, aproveitando-se de um momento raro de desatenção dos Reds no dia. A bola sobrou na área para Bernardo Silva, que finalizou rasteiro e no canto para diminuir a diferença.
O gol deu novo ânimo a um abatido City, e, já nos acréscimos, Agüero dominou na área e levantou para Gundogan matar no peito, entre dois jogadores, com toque sutil para o terceiro gol. E o quarto quase saiu em cobrança de falta para a área no último lance do jogo. Agüero mandou na rede, mas pelo lado de fora, para alívio do torcedor local, que vibrou com vitória em um jogo épico.

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