terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

PT usa projeto de Aécio para tentar adiar sabatina, mas pedido é negado

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) o adiamento da sabatina de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) com base em um projeto de lei apresentado pelo presidente do PSDB, Aécio Neves (MG). O pedido, porém, foi negado e a sabatina mantida (siga ao vivo).

ctv-xfj-moraes-lobao-dida: Alexandre de Moraes cumprimenta o senador Eduardo Braga (PMDB-AM); investigado na Lava Jato, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), à esq., preside a sessão da sabatina© Fornecido por Estadão Alexandre de Moraes cumprimenta o senador Eduardo Braga (PMDB-AM); investigado na Lava Jato, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), à esq., preside a sessão da sabatina
A petista relembrou manifestações públicas da sociedade civil contrárias à indicação de Moraes, como o abaixo-assinado com 270 mil assinaturas entregue por estudantes da Universidade de São Paulo. Com base nisso, a senadora requisitou mais tempo para a sabatina conforme sugerido em um projeto de resolução do tucano Aécio, que prevê realização de audiências públicas.
De acordo com Gleisi, o projeto de Aécio alega que sabatinas nos Estados Unidos duram cerca de sete meses. A proposta prevê duas audiências públicas e duas sabatinas, sendo uma delas aberta a todos os senadores, e não somente àqueles do colegiado da comissão.
Em tom irônico, Aécio agradeceu à senadora pela lembrança ao projeto, mas afirmou que ele não foi aprovado, em 2015, quando apresentado, porque a base do governo do PT não deu seu apoio.
O senador pediu que, na sessão de hoje, fosse válido o que está previsto no regimento atual do Senado: cinco dias úteis entre o relatório e a sabatina, de forma que a sabatina se realize nesta terça-feira. Após a discussão, o senador Edison Lobão (PMDB-MA), presidente da CCJ, indeferiu a questão de Gleisi.

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