terça-feira, 18 de outubro de 2016
Vendas no varejo recuam pela segunda vez seguida com queda de 0,6%
As vendas no varejo do Brasil registrou queda de 0,6% em agosto, em comparação ao mês anterior. O recuo é o segundo seguido registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o qual os dados de agosto deste ano registram recuo de 5,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O comportamento irregular do setor, de acordo com a Reuters, é causado pelo ambiente de taxa de juros alta e inflação elevada - até agosto, foram registrados cinco meses de saldo negativo e três de saldo positivo na base mensal. "Com a piora no meado de trabalho, junto com juros elevados, inibe-se o consumo e a demanda. Nessa conjuntura econômica você posterga a compra de itens que não são essenciais como eletrodomésiticos, cama mesa e banho e até combustível. Aí sobra mais recursos para gastar em bens mais básicos", explicou Isabella Nunes, economista do IBGE. Cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito tiveram queda de pelo menos 2% na base mensal: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,8%); móveis e eletrodomésticos (-2,1%); livros, jornais, revistas e papelaria (-2,1%); combustíveis e lubrificantes (-2%). Registrou alta o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (+0,8%), que teve queda de de 0,7% em julho. O volume de vendas do varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, recuou 2% em agosto sobre julho, pressionado pela queda de 4,8% no setor de veículos e motos, partes e peças.
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