terça-feira, 17 de outubro de 2017

Ondas gravitacionais são detectadas em estrelas de nêutrons

Ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez a partir da colisão de duas estrelas de nêutrons (astros muito densos que sobram após a explosão de outras estrelas) em uma galáxia a 130 milhões de anos-luz da Terra, revelaram cientistas nesta segunda-feira. Também foi a primeira vez que pesquisadores conseguiram apontar um telescópio para o local de onde vinham as ondas gravitacionais e perceber um ponto brilhando e apagando algumas horas após o evento, com uma equipe de cientistas brasileiros envolvidos nessa parte da observação.
As ondas gravitacionais, previstas por Albert Einstein em sua Teoria Geral da Relatividade, são definidas como minúsculas distorções no espaço-tempo (aquilo que os físicos descrevem metaforicamente como o tecido do Universo). Elas tiveram sua existência confirmada em fevereiro de 2016 por uma observação indireta da colisão de dois buracos negros – pesquisa que recebeu o Nobel de Física em 2017. Desde então, outras três detecções foram feitas, também a partir de buracos negros. Mas, desta vez, a fonte das ondas é outra: estrelas extremamente compactas e brilhantes, que possuem a massa do Sol e um diâmetro de apenas 10 quilômetros. Isso permitiu não só que os cientistas confirmassem o fenômeno, mas também que o observassem diretamente pela primeira vez – o que não era possível antes, considerando que buracos negros só absorvem luz, não emitem.

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