domingo, 25 de fevereiro de 2018

Mariana Goldfarb, de nome próprio

 (Gil Inoue/Revista VIP)
O Rio de Janeiro criava musas”, afirmou certa vez o escritor Ruy Castro, autor de livros como Ela é Carioca.
“Uma garota saía na rua, começava a ser notada, alguém ia conversar com ela e percebia que, além de bonita, ela era interessante como pessoa, e só então se descobria que já havia muito mais gente de olho nela. Um ou dois verões depois nascia – espontaneamente – uma musa.”
A do início dos anos 70 era a atriz Leila Diniz, que chocou os carolas ao desfilar pelas areias de Ipanema de biquíni e grávida do cineasta Ruy Guerra – as mulheres, rezavam os “bons costumes” da época, deviam esconder o barrigão com uma bata.
No Arpoador, pouco tempo depois, era para a atriz e escritora Maria Lúcia Dahl que todas as atenções se voltavam.
Escalada para filmes como Menino de Engenho (1965), ela viveu como poucas o desbunde daquela década. Com seu primeiro marido, o cineasta Gustavo Dahl, teve um casamento aberto e ai de quem torcesse o nariz para isso.
Tostada pelo sol, de franjinha, um biquíni bem cavado e os seios à mostra, a modelo Monique Evans brilhou nas praias cariocas no começo dos anos 80. Para quem se escandalizava com sua atitude, ela dava de ombros.
A seguir teve início o reinado da modelo Luma de Oliveira, hoje ex de Eike Batista, sucedida alguns verões por outra beldade, que passou o bastão para outra…
As musas ficaram no passado? Carioca crescida na Barra da Tijuca, MarianaGoldfarb prova que não.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
Três anos atrás, quando a modelo de faiscantes olhos verdes estreou à frente do programa Ilhas Paradisíacas, do Canal Off, pouquíssima gente sabia quem era ela.
Hoje, aos 26 anos, não há local no país em que ela pise sem ser reconhecida. No Instagram, quase 415 mil pessoas acompanham cada um de seus passos, suas centenas de cliques de biquíni e os bastidores de trabalhos para marcas como Mr. Cat, Puma e Tommy Hilfiger.
Parte da fama, ela reconhece, tem a ver com o fato ter namorado um dos atores globais mais badalados do momento, o carioca Cauã Reymond.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
Mariana tem uma espontaneidade que por vezes a leva a confessar algo que pretendia omitir, para desespero de seu assessor de imprensa, José Raphael.
As revelações em geral são inofensivas, como a que fez ao informar sua altura. “Tenho 1,71 metro, mas falo 1,72 porque não gosto do primeiro número”, revelou, evocando o artigo do código penal que se refere ao estelionato.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
“Posso falar isso?”, ela consultou o assessor após outra resposta. “Agora já foi”, retrucou ele, resignado.
Falávamos sobre traição. “Eu prefiro ser traída a trair”, admitira a modelo. “Não sei lidar com a situação, gosto de dormir em paz. Quando traí achei que ia queimar no mármore do inferno e abri o jogo. Mas algo se quebra. Não dá para juntar os caquinhos depois. E também já fui traída. Se eu tiver sido de novo prefiro nem saber.”
 (Gil Inoue/Revista VIP)
Convém esclarecer que tudo isso ocorreu antes de Cauã entrar em cena. O ex-marido da atriz Grazi Massafera, com quem tem uma filha de 5 anos, foi o terceiro namorado de Mariana (o primeiro relacionamento durou dez anos, dos 14 aos 24 anos dela).
O ator e a apresentadora se conheceram há uma década, na piscina de uma academia que ambos frequentavam. A iniciativa partiu do ator. “Você acha que eu sou mulher de chegar em homem? Tá louco? Meu pai não me criou para isso”, esclareceu ela.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
“Nem sei o que falar numa situação dessas. `Oi, quer ficar comigo?¿”, arriscou, para ser repreendida de imediato pela manicure que pintava suas unhas. “Assim não é mesmo”, interveio a profissional.
Filha de economista e de uma psicóloga, Mariana é a primeira de uma prole de duas. Diz que demorou a atrair a atenção dos meninos.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
“Eu não era muito paquerada. Como não tinha nenhum peito, usava dois sutiãs e meia e algodão como recheio”, contou ela, que aderiu ao silicone um ano atrás e aumentou ligeiramente os lábios com preenchimento.
Da adolescência, guarda viva a memória de um apelido dado por um professor de biologia. “Ele me chamava de tênia, aquele verme que não tem forma alguma”, contou, ainda em choque.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
No começo de 2017, noticiou-se que sua porcentagem de gordura corporal tinha caído para 8%. Seguiram-se meses tenebrosos.
“A exposição em razão do Cauã deu um nó na minha cabeça. Vivi um tempo insatisfeita, inclusive com o meu corpo, me cobrando uma perfeição que não existe. Uma hora enchi o saco e passei a me permitir a comer o que quisesse”, disse.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
“Claro, arroz, macarrão e pão não como mais. Porra, pão com azeite! É difícil viver sem.” Aos paparazzi e ao que escrevem sobre ela na internet Mariana agora se diz habituada.
Antes de se decidir pela vida de modelo e apresentadora, a carioca cursou direito na Ibmec. Sonhava em trabalhar na Defensoria Pública.
 (Gil Inoue/Revista VIP)
“Não é papo de Madre Teresa de Calcutá, mas sempre quis ajudar os outros”, disse. Mudou de planos ao ser convidada para cursar a Oficina de Atores da Globo.
O convite para o programa do Off, ao lado da catarinense Yasmin Volpato, que levou a dupla a carimbar o passaporte quase 30 vezes, veio em seguida.
Hoje, ela ensina como levar a vida à beira-mar com bem-estar. E deixa uma legião de marmanjos de queixo caído.

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