quinta-feira, 1 de março de 2018

Tainá Müller, a insubstituível

TAINA MULLER vip
FEREVEIRO 2006, PORTO ALEGRE.
Quando cheguei em Porto, para fotografar o filme Cão sem Dono, fui encontrar o Beto Brant e a Bianca Villar, diretor e produtora, respectivamente, para almoçar e conversarmos. Boas-vindas, apresentações, gaúchos por todos os lados.
Bianca se vira e fala: “Toca, esta é a Tainá, você vai adorar ela”. Não poderia estar mais certa. Já no caminho do restaurante, ela e eu éramos velhos conhecidos – em vias de virar amigos para sempre.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Inicialmente trabalhando com o Beto no casting (em dezenas de testes para achar a atriz da personagem Marcela, veja só que ironia), Tainá, então casada com o escritor Daniel Galera, autor do livro que deu origem ao filme, foi reconhecida como a pessoa certa para o papel. Tão longe tão perto.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Topou se jogar num processo intenso, sem rede de segurança nem volta. Ganhamos uma estrela e o resto é história. Modelo, editora de TV, leitora voraz.
Tudo isso constrói uma atriz que mistura beleza com massa crítica, firmeza com fluidez. Gosto de achar que Tai é fusion, raiz com antena, ibérica-guarani e germana.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Essencialmente gaucha (sem acento, ainda era o Sul, aberto, pampa que varava toda a província cisplatina, o imenso norte argentino e o sul paraguaio).
Todos eram gauchos, um povo solto, de planícies ainda sem fronteiras nacionalizadas. Gaúcha moderna, tradução miscigenada de gente independente difícil de domar.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
A faca na bota (já não usa mais) dá lugar à palavra precisa e ao espírito livre. Os gaúchos conseguem ser contemporâneos e vintage ao mesmo tempo.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Desde então nos tornamos amigos e temos prazer de gastar tempo conversando, especulando sobre questões absolutamente fundamentais, imateriais, sobre tudo que é terreno, humano – portanto, pequeno.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Nos interessamos. Longas ausências, reencontros, hiatos, tudo faz parte disso que chamamos de amizade e admiração.
 (Toca Seabra/Revista VIP)
Poucas coisas são melhores do que ver um amigo crescer. É sempre um imenso prazer trabalharmos juntos, nos valida e dá sentido ao brilho dos holofotes, merecido e letal, que nosso métier proporciona. A todos o melhor.

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