Foto: Arquivo Pessoal
A Justiça converteu nesta quarta-feira (15) a prisão em flagrante em preventiva do homem acusado de matar a jornalista Daniela Bispo dos Santos em um prédio da Avenida Tancredo Neves, em Salvador. De acordo com a decisão da juíza Patrícia Cerqueira Kertzman Szporer, Mateus teria dito a Daniela que entregaria uma chave a ela, e a jornalista informou a sua coordenadora que compraria um remédio para dor de dente. Após encontrar com o namorado no 6º andar, Daniela foi atingida com ao menos três golpes de paralelepípedo na cabeça, testa e face. Em seu depoimento, o acusado disse que se sentia "acuado" pela mulher, "que alegava que a relação estava ruim, pedia dinheiro, e, dentre outras coisas, ameaçara contar sobre o relacionamento que mantinham à atual namorada de Mateus". A decisão aponta ainda que "após Daniela agonizar no chão, o interrogado desferiu com as mãos golpes e murros usando o punho direito; que o interrogado estava com muita raiva". Antes de sair, o homem carregou o corpo da jornalista até as escadas, guardou a pedra e colocou uma camisa de manga que estava na mochila. Ele contou à polícia que, após o crime, pegou um táxi, trocou novamente de camisa, trocou o tênis por um chinelo e foi até a Praça Nossa Senhora da Luz. De lá, Mateus pegou dois ônibus até o cristo da Barra e, depois de caminhar, jogou fora a mochila com a pedra, o tênis e as roupas que havia usado. Ao converter a prisão para preventiva, a juíza afirma que "apesar de [réu] primário, além de satisfeitos os requisitos objetivos para decretação da prisão preventiva, estão patentes a crueldade, premeditação e frieza com que agiu o flagranteado". A magistrada cida ainda a repercussão do caso com um dos motivos da prisão.
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