quinta-feira, 26 de abril de 2018

Palmeias derruba Boca, na Bombonera, e se garante nas oitavas da Libertadores

© GETTY / MARCELO ENDELLI
A pseudocrise parece se afastar do Parque Antártica. Afinal, na noite desta quarta-feira, o Palmeiras mostrou força na Bombonera e venceu o gigante Boca Juniors, por 2 a 0.
Os paulistanos se recuperaram do tropeço contra os argentinos no Allianz Parque e agora, com dez pontos, garantem vaga antecipada nas oitavas da Libertadores. Os Xeneize somam cinco e jogam a permanência na competição na próxima rodada, em Barranquilla, contra o Junior, que soma três.
Palmeiras suporta pressão
O Palmeiras quase abriu o placar da forma mais inusitada possível logo no primeiro minuto. Agustín Rossi foi chutar bola para frente e acertou Keno. A bola pegou no atacante e quase entrou.
O Boca tinha dificuldade para sair jogando. Após novo erro na saída, Dudu tentou arremate de fora da área, mas faltou direção, e a bola saiu sem assustar tanto.
Depois dos dez minutos, os argentinos foram conseguindo sair mais para o jogo. Aos 12, Jaílson teve de trabalhar pela primeira vez, e a Bombonera ia virando um caldeirão.
Aos 23, os Xeneize ficaram muito perto de abrir o placar. Mesmo sem muito ângulo, Pavón cobrou falta da canhota e acertou o travessão de Jaílson.
A pressão argentina foi esfriando, e o Alvinverde escapou do sufoco com um ataque mortal aos 39. Marcos Rocha cruzou na medida para Keno, de cabeça, abrir o placar.
Nem pelo gol a Bombonera se calou, e os donos da casa ainda tiveram a chance do empate no primeiro tempo. Nández chutou forte e Ábila, na pequena área, mais tirou do gol do que qualquer outra coisa, atrapalhando o ataque da equipe. Quando Ábila mandou para a rede na pequena área, estava impedido, e o bandeira não deixou passar.
Uma andorinha só não faz gol
No início do segundo tempo, Tevez errou duas vezes na saída de bola e Magallan cometeu falta em Keno na entrada da área. O defensor, que já tinha amarelo, merecia o segundo cartão, mas o árbitro se omitiu.
O Boca começou o segundo tempo desorganizado. Dudu, então, armou um contragolpe que parecia fatal. Keno avançou e ficou livre na área, mas tentou rolar para Lucas Lima, do outro lado. Se a bola chega no meia, era só empurrar para a rede. Mas Sebastian Perez, de carrinho, cortou no momento certo.
Pavon, com um chute de fora perigoso, voltou a despertar os Xeneize. Jara, também de fora, foi outro a ameaçar, e a pressão voltava a ficar grande. Pablo Perez, na área, chegou ainda mais perto de marcar.
Os jogadores palmeirenses tentavam cair para ganhar tempo e esfriar a pressão, mas ninguém conseguia segurar o endiabrado Pavon. Novamente da canhota, o atacante mandou chute colocado e Jaílson fez grande defesa.
Assim como no primeiro tempo, o Verdão conseguiu segurar a pressão e, com um ataque mortal, esfriou o rival. Rossi, de cabeça, saiu para cortar lançamento de Keno para Dudu, mas a bola seguiu viva, e o gol estava vazio. Lucas Lima tentou duas vezes, na segunda conseguindo encobrir o arqueiro e aumentar a vantagem palmeirense.
Pavon ainda seguiu tentando recolocar os argentinos no jogo. Rocha tomava um baile e, após fazer o lateral dançar, o atacante mandou para Tevez empurrar para dentro, mas Carlitos estava impedido.
Pavon foi basicamente a andorinha solitária do Boca. Se o ditado diz que "uma andorinha só não faz verão", concluímos que, na Bombonera, um Pavon só não resolve. A defesa palmeirense suportou a pressão até o fim, com um Felipe Melo gigante, para confirmar a vitória. 

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